Sob a forma de mão apareceu a ternura,
um dia, no teu queixo.
Carícia. Parece para dizer, para ciciar,
mas é para fazer
com uma leve, sabedora, quase perversa
mão...
Com as duas mãos apodero-me de ti,
retomo o teu corpo e com ele me entendo.
Preciso dos outros (quem de mim precisa?).
Nos teus olhos vejo uma promessa nua.
A esperança está viva, a vida está certa:
guarda a minha mão, guardarei a tua.
Alexandre O´Neill