sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Sob a forma de mão apareceu a ternura,
um dia, no teu queixo.

Carícia. Parece para dizer, para ciciar,
mas é para fazer
com uma leve, sabedora, quase perversa
mão...

Com as duas mãos apodero-me de ti,
retomo o teu corpo e com ele me entendo.

Preciso dos outros (quem de mim precisa?).
Nos teus olhos vejo uma promessa nua.
A esperança está viva, a vida está certa:
guarda a minha mão, guardarei a tua.

Alexandre O´Neill