quarta-feira, 25 de junho de 2008

O beijo de Rodin

« No princípio, há dois corpos arrancados à pedra. Com esforço, com garra, com suor. Depois, o nosso olhar percorre-os e os corpos dão lugar a duas almas entrelançadas num abraço perpétuo, juras de amor eterno seladas com um intenso e apaixonado beijo.
São corpos com vida, que despertam o desejo, o erotismo, o amor!
Emoções que se sentem no ar, pois toda a composição em si transpira sensualidade, ao mesmo tempo tão terrena e tão etérea. E também tão reprimida, porque tão presa à pedra fria e inanimada. Talvez por isso olhemos os dois amantes e encontremos neles sentimentos tão contários como paixão e desepero. Paixão porque existem, estão ali, podem tocar-se e, quem sabe?, sonhar com o amor...»